
Bruxelas avança com proposta de rotulagem verde do gás e energia nuclear
A Comissão Europeia acaba de avançar com a proposta para rotulagem verde de investimentos na energia nuclear e gás.
No final da reunião que decorreu esta quarta-feira, o executivo comunitário anunciou em comunicado a proposta de um acto delegado relativo à taxonomia da União Europeia sobre "mitigação e adaptação às alterações climáticas que abrange certas atividades de gás e nucleares".
Com esta nova rotulagem 'verde' do gás natural e energia nuclear, o objetivo é "intensificar a transição, recorrendo a todas as soluções possíveis para alcançar os objetivos climáticos", sustenta o executivo comunitário.
Como tal, deixa a garantia que os setores energéticos abrangidos "estão de acordo com os objetivos climáticos e ambientais da União Europeia e permitirão acelerar a passagem de atividades mais poluentes, como a produção de carvão, para um futuro neutro do ponto de vista climático, na sua maioria baseado em fontes de energia renováveis".
Este “é um importante passo para a transição climática e para a neutralidade carbónica”, pois “temos de agir já, mas não podemos atuar sozinhos, precisamos que o setor privado se alinhe e é por isso que existe a taxonomia", considerou em conferência de imprensa Mairead McGuinness, comissária europeia dos Serviços Financeiros, Estabilidade Financeira e União dos Mercados de Capitais.
Recorde-se que no primeiro dia de 2022, a Comissão Europeia iniciou consultas ao grupo de peritos dos Estados-membros e à Plataforma sobre Finanças Sustentáveis sobre esta matéria. Por sua vez, estes questionaram a legalidade da proposta e propuseram, ao invés, a criação de uma taxonomia alargada para incluir atividades que não são sustentáveis, mas que geram menos emissões (zona âmbar).
A análise à proposta do executivo comunitário vai ser feita pelo Conselho e precisa recolher o aval de pelo menos 20 Estados-membros para o processo avançar.