
Câmara Municipal do Seixal contra “deficiente funcionamento” da Amarsul
A Câmara Municipal do Seixal mostrou-se contra o “deficiente funcionamento” da Amarsul, cujos trabalhadores estão em greve, e a gestão da recolha de resíduos, degradada pela falta de investimento, apelando à população para que não deposite lixo durante a paralisação.
Segundo comunicado enviado pelo município, a situação é visível, por exemplo, no aterro sanitário do Seixal, que “se encontra esgotado”, sem que a empresa “mostre sinais de preocupação ambiental”, apesar de continuar a aumentar as tarifas cobradas.
Trabalhadores da empresa Amarsul – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, iniciaram às 00:00 de sábado uma greve de uma semana ao trabalho suplementar, a que acresce uma paralisação, a partir de segunda-feira e por cinco dias, ao trabalho normal.
Estes colaboradores da empresa, que presta serviços em municípios da Península de Setúbal, reivindicam o aumento geral dos salários, bem como do subsídio de refeição e de transporte em vigor na empresa.
No comunicado, a Câmara Municipal do Seixal referiu ainda que, em julho de 2015, a Amarsul foi privatizada pelo Governo, passando a integrar a Mota-Engil, uma decisão contestada pelas câmaras municipais “e que tem sido muito prejudicial ao serviço público e às populações”.
Perante a greve, a câmara apela aos munícipes para que evitem depositar resíduos urbanos nos dias em causa.
A Amarsul – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos S.A., constituída em 1997, tem a concessão de exploração e gestão do Sistema Multimunicipal de Tratamento e de Recolha Seletiva de resíduos urbanos da Margem Sul do Tejo, até 2034.
A empresa é responsável pelo tratamento e valorização dos resíduos urbanos dos nove municípios da Península de Setúbal (Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal).