Carlos Zorrinho: “É preciso uma revolução social, tecnológica e política” para travar alterações climáticas
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Carlos Zorrinho: “É preciso uma revolução social, tecnológica e política” para travar alterações climáticas

O eurodeputado do PS e comentador dos temas de energia do Ambiente Online, Carlos Zorrinho, defende que é necessária “uma revolução económica, social, tecnológica e política” para travar as alterações climáticas.

“Temos que mudar tecnologias, alterar a forma como vivemos e como nos deslocamos. Agora sabe-se que existe água em Plutão, mas precisamos de preservar o planeta Terra”, alertou na sessão “#Café Europa” dedicada ao tema “A Europa e as Alterações Climáticas”, que decorreu na FNAC do Chiado, ao final da tarde de sexta-feira. No debate participaram ainda os deputados ao Parlamento Europeu João Ferreira (PCP) e Marisa Matias (Bloco de Esquerda).

Carlos Zorrinho lembra que não só a opinião pública está mais desperta para o tema - porque os fenómenos climáticos extremos são uma realidade - como as empresas já perceberam que aqui há negócio. “Há oportunidades nas renováveis, na mobilidade eléctrica e nas cidades inteligentes. Tudo isto cria emprego. Até o mundo financeiro anda de olho nesta área a propósito dos certificados [das emissões]”, sublinha.

O tema, lembra Carlos Zorrinho, está na ordem dia sobretudo por causa da visibilidade que está a ser dada à próxima conferência das partes das Nações Unidas sobre o clima (COP21), que decorre em Dezembro, em Paris. O objectivo é alcançar um acordo, sucessor do Protocolo de Quioto, que permita manter a subida média da temperatura global abaixo dos dois graus centígrados. A expectativa é grande sobretudo depois da frustrante cimeira de Copenhaga já que não se chegou à discussão pretendida.

Numa altura em que todas as atenções estão já viradas para Paris o deputado do PCP, João Ferreira, considera que mais importante do que definir metas – “porque o papel aguenta tudo” – é verificar que meios existem para as alcançar. “O principal instrumento para redução das emissões de CO2 na União Europeia é o mercado de carbono, o que é perverso. Compra-se o direito de poluir”, denuncia.

Já Marisa matias, eurodeputada do Bloco de esquerda e candidata a Presidente da República, lembra que os fenómenos climáticos extremos não podem ser separados dos problema sociais. “As populações que têm menos recursos serão sempre as mais afectadas. Tem que haver uma forte componente de solidariedade”, declarou defendendo “justiça ambiental”.


A iniciativa destas sessões é do Gabinete do Parlamento Europeu em Portugal, em colaboração com o Espaço Europa - espaço de informação europeia - e com a FNAC.

Ana Santiago

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