
Cascais reduz produção de resíduos indiferenciados
Cascais registou, em 2024, uma diminuição dos resíduos indiferenciados encaminhados para aterro. “Comparativamente com o ano de 2023, foram produzidas menos 460 toneladas de lixo comum, uma variação de -0,54%”, informa a Cascais Ambiente, em comunicado.
Contribui para essa diminuição a deposição dos restos de comida domésticos em saco verde. A separação, obrigatória desde 31 de dezembro de 2023, está implementada em todo o território de Cascais, e tem grande adesão da população, informa aquela entidade.
“No final de 2024, tinham aderido ao sistema mais de 70 mil famílias, o que representa mais de 190 mil habitantes, ou seja, cerca de 90% da população. A participação dos cascalenses permitiu a recolha de quase 3,5 mil toneladas de biorresíduos domésticos aos quais se juntam mais 2,6 mil toneladas do circuito dedicado aos grandes produtores. No total são mais de 6 mil toneladas de resíduos que seguem diretamente para a valorização orgânica e energética. Comparando com 2023, verifica-se um aumento de 59% no sistema de sacos verdes e 30% no circuito dedicado”, explica a Cascais Ambiente.
Para Nuno Piteira Lopes, vice-presidente da autarquia e responsável pelo pelouro do Ambiente, “os resultados obtidos são fruto de uma fortíssima política de sustentabilidade que a autarquia tem vindo a aplicar nos últimos anos, que aposta na eficiência de recolha de resíduos e, principalmente, na sensibilização dos cidadãos e empresas, que são parte ativa e decisiva no sucesso de toda esta estratégia”.
Para o autarca, “este processo de recolha de biorresíduos, em que Cascais foi pioneiro, destaca-se por ser um sistema prático e fácil para as pessoas. Essa simplicidade permitiu um crescimento acentuado, que comprova o elevado grau de compromisso dos cascalenses com o combate ao desperdício. Um facto que orgulha, mas que não surpreende”.
A recolha seletiva multimaterial também registou aumentos. “No ecoponto amarelo, foram depositadas 4,3 mil toneladas de plástico e alumínio, o que representa uma variação positiva de 6,44%. No ecoponto azul, os cascalenses colocaram 5,8 mil toneladas de papel e cartão, aumentando em 3,7% o peso recolhido”, adianta a Cascais Ambiente.
Os monstros também registaram um aumento na quantidade recolhida seletivamente: mais 20,95% que em 2023, no total foram recolhidas 6 mil toneladas de objetos fora de uso (colchões, grandes eletrodomésticos, mobiliário, etc.).