
Conceição Cunha (APRH): “É essencial repegar-se nos processos de monitorização” das massas de água (VÍDEO)
A presidente da Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos (APRH), Maria da Conceição Cunha, considera que é fundamental repegar-se nos “processos de monitorização” dos recursos hídricos.
“Sem dados adequados não se podem fazer estudos adequados e não poderemos fazer o reporte à União Europeia sobre o estado das nossas massas de água. É talvez o ponto mais crucial em que teremos que actuar, que em termos de qualidade e quantidade”, referiu a responsável ao Ambiente Online.
Maria da Conceição Cunha falava à margem da apresentação do estudo da APRH sobre “Organização Institucional e Operacionalização da Gestão dos Recursos Hídricos: reflexões e propostas” que foi apresentado hoje no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), em Lisboa. A sessão assinalou também o Dia Nacional da Água, que se comemora esta quinta-feira, 1 de Outubro.
A presidente da APRH lembra que há grandes iniciativas no sector dos recursos hídricos, mas realça que se deu no último ano uma grande ênfase nos serviços de águas, nomeadamente devido à reestruturação dos serviços de titularidade estatal.
“Os cidadãos entendem de imediato o funcionamento do mau ou bom serviço de água. Já relativamente aos recursos hídricos - que são aqueles que estão a montante de tudo - a percepção das populações não é idêntica”, sublinha.
Atendendo a que este recurso é estratégico para o país a APRH quer lançar alertas. “Isto não quer dizer que a nossa situação seja catastrófica. Estão a fazer-se muitas coisas e gostaríamos que os recursos hídricos estivessem sempre na agenda”, frisa.
Ana Santiago