COP29: aumento do financiamento climático no centro do debate
A 29.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP29) começa na próxima segunda-feira, e decorre até 22 de novembro, em Baku, capital do Azerbaijão.
Considerada crucial para serem alcançados compromissos de redução de emissões até 2030 e para aumentar o financiamento climático, a cimeira juntará representantes de 197 países e da União Europeia, e é entendida por diversas organizações ambientalistas, entre as quais a ZERO, como "um momento crucial para que os governos se comprometam a reduzir as emissões para metade até 2030, aumentar o financiamento climático, e a acelerar a ação antes da COP30", que está marcada para o Brasil, em 2025.
O que se espera é "a definição de um novo objetivo coletivo para prestar apoio financeiro à ação climática global", disse o presidente da ZERO, Francisco Ferreira, citado pela Lusa, num 'briefing' a jornalistas sobre aquela que já é apelidada a "COP das Finanças".
Na agenda estarão em destaque pontos como a Nova Meta Coletiva Quantificada (NCQG, na sigla em inglês), depois de em 2015, na COP21 em Paris, os governos terem estabelecido uma verba de 100 mil milhões de dólares por ano. O ano passado, na COP28 no Dubai, foi adotada uma decisão para iniciar este ano, em Baku, negociações para alcançar verbas mais ambiciosas para a mitigação dos impactos das alterações climáticas.
Em cima da mesa estará também o balanço global dos progressos desde o Acordo de Paris sobre redução de emissões, alcançado na COP21, esperando-se que de Baku saiam decisões que garantam a aplicação dos resultados deste primeiro balanço e que todos os países apresentem os seus planos.
Em termos de adaptação, a COP29 será também a oportunidade de países e blocos político-económicos chegarem a acordo para operacionalizar os respetivos planos e o Objetivo Global de Adaptação (GGA) até 2025.
Portugal estará representado na COP29 pelo presidente do Instituto para a Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).