Dia Mundial do Ambiente: ZERO defende mudança profunda no modelo de consumo para combater poluição por plásticos
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Dia Mundial do Ambiente: ZERO defende mudança profunda no modelo de consumo para combater poluição por plásticos

No Dia Mundial do Ambiente, que se assinala esta quarta-feira, 5 de junho, a ZERO - Associação Sistema Terrestre Sustentável apela a uma alteração urgente no modo como produzimos e consumimos bens, alertando para o impacto crescente da poluição por plásticos. Em comunicado, a ZERO sublinha que “reciclar é bom, mas prevenir (reduzir e reutilizar) é essencial”.

De acordo com a associação, as taxas globais de produção e consumo de plásticos duplicaram nos últimos 20 anos e, segundo a OCDE, poderão triplicar até 2060 se não forem tomadas medidas eficazes. Apesar de a Europa ter registado uma ligeira redução no consumo de plásticos entre 2018 e 2020, os valores continuam elevados: cerca de 107 quilos per capita por ano.

A ZERO alerta que o combate à poluição por plásticos não se resolve apenas com reciclagem ou legislação parcial. “É como se estivéssemos a tentar esvaziar uma banheira com uma colher de sopa, enquanto temos uma torneira a correr com um caudal elevado”, ilustra a associação, defendendo que é necessário travar a produção na origem.

O problema estende-se além dos plásticos. Em 2022, cada cidadão europeu gerou em média 186,5 quilos de resíduos de embalagens, sendo o papel (41%) e o plástico (19%) os principais materiais. Em Portugal, o valor foi ligeiramente superior, com 188 quilos por pessoa. A ZERO considera que os dados evidenciam a necessidade de repensar o “modelo do descartável”.

A associação propõe ações concretas a nível global, europeu e nacional. Defende, por exemplo, que o futuro Tratado Global para os Plásticos inclua metas juridicamente vinculativas de redução da produção. No plano europeu, realça a importância do novo regulamento sobre embalagens, em vigor desde fevereiro, e, em Portugal, propõe a implementação urgente do Sistema de Depósito e Reembolso, bem como o fim do financiamento estatal da contribuição europeia relativa a embalagens plásticas não recicladas, que representa cerca de 200 milhões de euros anuais.

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