EDP ganha maior lote no leilão solar flutuante e vai instalar mega-central no Alqueva
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EDP ganha maior lote no leilão solar flutuante e vai instalar mega-central no Alqueva

A EDP - Energias de Portugal conseguiu o direito de ligação à rede de eletricidade para uma capacidade fotovoltaica de 70 megawatts (MW) na albufeira da barragem do Alqueva, o maior lote a concurso no leilão de solar flutuante em Portugal e uma das parcelas mais disputadas, com um sobreequipamento de 14 MW.


"A EDP, através da sua subsidiária EDP Renováveis, detida em 74,98%, obteve o direito de ligação à rede de eletricidade para uma capacidade de 70 MVAs no Alqueva, no leilão de solar flutuante em Portugal, com um CfD (contrato por diferenças) de -€4/MWh por um período de 15 anos", pode ler-se no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). 

Isto significa que, segundo avançou o Expresso, para conseguir este lote a EDP ofereceu preços negativos, não indo cobrar pela energia produzida, mas, pelo contrário, oferecer ao sistema elétrico quatro euros por cada megawatt/hora (MWh) gerado na central solar flutuante.

Diz ainda o comunicado que a EDP "espera que a capacidade de ligação à rede atribuída neste processo, permita instalar até 154 MW de energias renováveis incluindo 70 MW de solar PV flutuante sujeitos ao CfD acima referido e, adicionalmente, 14 MW de sobreequipamento solar e hibridização de 70 MW de capacidade eólica, ambos excluídos do CfD". 

O investimento poderá, assim, ser recuperado pela EDP na potência do sobreequipamento e no parque eólico, escreve ainda o Expresso, através da venda da eletricidade no mercado ao preço que escolher.

O projeto tem data de entrada em operação prevista para 2025, sendo um exemplo claro da criação de valor através da hibridização de tecnologias renováveis e da otimização da capacidade de ligação à rede elétrica", sublinha ainda a elétrica. Este é um dos lotes a concurso que tem disponibilidade imediata da rede elétrica, permitindo ligar as novas centrais solares logo que estejam construídas.

A mega-central deverá ocupar 250 hectares do espelho de água do Alqueva e está ainda sujeita a um estudo de impacto ambiental.

Endesa ganha direitos para explorar central na barragem do Rabagão

A Endesa ganhou o direito de ligação dos 42 megawatt (MW) leiloados na barragem do Alto Rabagão, Montalegre, para a instalação de um projeto de energia solar fotovoltaica flutuante com investimento de 115 milhões de euros, disse hoje a empresa em comunicado enviado às redações.

“A Endesa, através da sua subsidiária Endesa Generación Portugal, ganhou o primeiro leilão solar flutuante em albufeiras na Península Ibérica com uma ligação de 42 MVA [megavolt ampere, equivalente a megawatt] com direito a instalar um projeto de energia solar fotovoltaica flutuante na albufeira do Alto do Rabagão".

O projeto naquela barragem vai envolver um investimento de cerca de 115 milhões de euros e deverá entrar em funcionamento em 2026.

Trata-se do segundo contrato ganho pela Endesa em Portugal num curto espaço de tempo, lembrou a empresa que venceu recentemente o concurso para a conversão da centra do Pego, em Abrantes, onde diz estar já a trabalhar no projeto híbrido de tecnologias renováveis, armazenamento e hidrogénio verde, com um investimento de 600 milhões de euros.

O Governo leiloou, esta segunda-feira, 263 MW para instalação e exploração de centrais fotovoltaicas em sete barragens do país, dos quais 100 MW em Alqueva, o "maior projeto de solar flutuante no mundo", segundo o secretário de Estado da Energia, João Galamba.

De acordo com o calendário, os concorrentes são hoje notificados dos resultados do leilão, seguindo-se um período de audiência prévia.

Os resultados finais deverão ser publicados no dia 19 de abril, no portal para candidaturas e no 'site' da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), e as notificações aos adjudicantes no dia 27 deste mês.

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