Fábrica de pelletes e briquetes de Portalegre é exemplo de potencial da bioenergia
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Fábrica de pelletes e briquetes de Portalegre é exemplo de potencial da bioenergia

A fábrica de pellets e briquetes que a Transnil Indústrias está a construir na zona industrial de Portalegre é um investimento de 2,5 milhões de euros, que terá uma capacidade de produção de quatro toneladas por hora.

A nova unidade, que usará como matéria-prima pinho, eucalipto, giesta e azinho, deverá entrar em funcionamento nos próximos meses. A futura fábrica foi visitada durante a segunda edição da “Bionergia Portugal”, que decorreu na quinta e sexta-feira, em Portalegre, e é um exemplo das "oportunidades e potencialidades" da bioenergia na opinião de Tiago Gaio, director técnico da AREANATejo - Agência Regional de Energia e Ambiente do Norte Alentejano e Tejo, que organizou o evento.

  

“Bioenergia Portugal, sendo um local de negócios, um espaço de discussão e de debate, de consolidação de ideias, de criação de parcerias, de agregação de competências científicas e de investigação, de dinamização de inovações tecnológicas, de promoção de sinergias e de estabelecimento de contactos, permite potenciar oportunidades que de outro modo teriam maior dificuldade em concretizar-se ou que levariam certamente mais tempo a se tornarem realidade”, sublinha Tiago Gaio.

O responsável revela que em 2013, na primeira edição da Bioenergia Portugal, foi apresentado o projecto para construção do “Centro de Bioenergia” do Instituto Politécnico de Portalegre no âmbito do PCTA – Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo”, que hoje está construído. 

Em 2013, nessa mesma edição, foi ainda visitada uma empresa na Zona Industrial de Portalegre que no seu processo englobou uma pequena unidade de produção de pellets, com uma produção de 500 quilos por hora, que funciona algumas horas por semana no intuito de valorizar um resíduo do seu processo produtivo – o pó de madeira. “Na próxima edição da Bioenergia Portugal haverá certamente outros projectos cuja concretização foi potenciada pela existência deste evento”, congratula-se Tiago Gaio ao Ambiente Online.

O responsável enumera como potencialidades do sector “a promoção da utilização de tecnologias alternativas para tratamento e valorização de resíduos e para produção de energia a partir da biomassa (co-combustão, torrefação, pirólise, gaseificação, entre outros)”; o "incentivo à utilização de terras para produção de biomassa e/ou de culturas energéticas para produção de matérias-primas para biocombustíveis" e a "valorização energética de resíduos da indústria agroalimentar”, nomeadamente para produção de biogás.

Ana Santiago

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