Governo desvaloriza riscos de segurança do abastecimento elétrico apontados no último relatório da DGEG
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Governo desvaloriza riscos de segurança do abastecimento elétrico apontados no último relatório da DGEG

De acordo com o Expresso, o Governo desvalorizou os alertas apontados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) sobre os riscos de segurança do abastecimento elétrico, já para 2023, no último Relatório de Monitorização da Segurança de Abastecimento (RMSA).

 

A Segurança de Abastecimento do Sistema Elétrico Nacional é o tema do II painel do 10.º Fórum Energia, que tem lugar nos próximos dias 15 e 16 de novembro.

 

Questionado pelo Expresso sobre eventuais medidas adicionais para reforçar a segurança de abastecimento, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática (MAAC) afirmou que “todos os resultados do RMSA-E das edições anteriores no que toca ao teste de stress são iguais, na medida em que a partir de um determinado ano, se nada for feito, o sistema naturalmente deixará de responder porque os consumos aumentam (eletrificação)”.

 

“Este cenário tem uma função muito específica no contexto da avaliação da segurança do abastecimento na medida em que conjuga duas perspetivas: cenário de consumo de eletricidade mais elevado e não evolução do sistema elétrico nacional em termos de oferta, para perceber até quando o sistema é resiliente. Ora, um cenário de não evolução da oferta não é algo que seja minimamente realista porque temos pipeline de projetos em construção e em licenciamento”, sublinhou o MAAC, citado pelo Expresso.

 

De qualquer modo, como escreve ainda aquele meio de comunicação, o Governo garante estar a trabalhar para melhorar a capacidade de resposta do sistema elétrico, nomeadamente através do prolongamento da operação da central de ciclo combinado da Tapada do Outeiro, cujo contrato de aquisição de energia finda em 2024.

 

Disse ainda o ministério do Ambiente, avança o Expresso, que estão também a ser “tomadas medidas para reforçar a Banda de Reserva de Regulação como forma de fortalecer a segurança do abastecimento”, e que nos próximos anos “entrará ao serviço nova capacidade de produção de eletricidade, como a proveniente do leilão de energia eólica offshore, a entrada em operação de 2,8 gigawatts (GW) de novas centrais solares nos próximos dois anos, ou ainda a reconversão da central do Pego (que funcionava a carvão, e cujo ponto de injeção na rede passará a ser utilizado para a produção de energia solar e eólica, complementada com armazenamento em baterias”.

 

Como referido, a Segurança do Abastecimento do Sistema Elétrico é um dos grandes temas em debate no 10.º Fórum Energia.

 

Moderado por Mário Paulo, Presidente do Conselho Consultivo da ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, e Editor Especialista Energia do jornal Água&Ambiente, o painel é ainda composto por João Bernardo, , Diretor da Direção-Geral de Energia e Geologia, João Faria Conceição, Administrador Executivo REN-Redes Energéticas Nacionais, e ainda Paulo Ferrão, Professor do Instituto Superior Técnico.

 

Com pouca água nas barragens, situação que se poderá agravar muitíssimo se a seca persistir, sem carvão, cuja produção foi descontinuada em 2021, contando apenas com a solar e a eólica que, apesar de todas as suas virtudes, produzem energia de forma intermitente, Portugal depende também do gás para produzir a energia que precisa, mas o parque de centrais de ciclo combinado existente é insuficiente. Neste contexto, a descarbonização acelerada e a política de tudo eletrificar pode revelar-se um enorme tiro no pé na segurança de abastecimento de energia em Portugal.

 

Os especialistas, vão, assim, dar resposta aos seguintes pontos-chave: Porque está hoje em risco a segurança do abastecimento de energia em Portugal? Que opções poderá o país fazer para minimizar a situação? No atual contexto deveremos voltar a olhar para a política de eficiência energética? Qual o potencial de uma política de poupança de energia?

 

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