Governo garante água para consumo humano nos próximos dois anos
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Governo garante água para consumo humano nos próximos dois anos

 O secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e Ordenamento do Território, João Catarino, garantiu esta terça-feira que, apesar da seca, o país tem água para consumo humano nos próximos dois anos, embora admitindo racionamentos em determinadas zonas do país, relativamente a alguns usos, como na agricultura.

A garantia à margem de uma visita ao concelho de Terras de Bouro, distrito de Braga, onde foi assinalar a melhoria das condições de visitação do Parque Nacional da Peneda Gerês.

Questionado sobre notícias a dar conta hoje de que há "barragens próximas do volume morte" (reserva técnica que fica abaixo dos canos de captação), ou de o nordeste transmontano estar em alerta e com ameaça de corte de água durante a noite, o governante assume a preocupação face aos efeitos da seca, mas assegura que o país não terá falta de água para consumo humano nos próximos dois anos, mesmo sem chuva.

O secretário de Estado avisa que, se há menos água, é preciso que haja um uso "mais eficiente" em todas as suas dimensões.

"Em casa, na rega dos espaços públicos, na agricultura. Temos de ter consciência que se a água é menos, temos de gastar muito menos. Ao Governo compete garantir o consumo humano de água e esse está garantido para dois anos, para este ano e para o [próximo] ano, mesmo que não chovesse este ano e no próximo, que esperamos não aconteça, de forma alguma", declarou o governante.

O secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e Ordenamento do Território admite, contudo, o racionamento de água em determinadas zonas do país, para alguns fins.

"[Racionamento de água] sim, isso é possível que tenha de existir para alguns usos, obviamente, mas, para o consumo humano, estaremos sempre atentos. Serão utilizadas todas as formas alternativas, se as condutas que estão estabilizadas não forem suficientes. Mas, o Governo está em condições de garantir que não haverá falta de água para consumo humano durante o verão, sem dúvida", afirmou João Catarino.

O secretário de Estado alertou ainda para a onda de calor prevista para os próximos dias pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a qual, conjugada com a situação de seca, vai criar condições de risco extremo de incêndio.

"Alertava para o facto de termos muito cuidado com a utilização de alguns instrumentos, nomeadamente em termos agrícolas ou florestais, que possam provocar ignições nos próximos dias, porque as condições vão agravar-se substancialmente", sublinhou o governante.

"Que nos deve convocar a todos, incluindo a comunicação social, a alertar as pessoas, porque estamos, efetivamente, no risco extremo nos próximos dias. Obviamente a seca vai prolongar-se, e temos agora também os eventos extremos, com temperaturas elevadas e humidade relativa baixa que se prevê para os próximos dias. Por isso, temos de ter muito cuidado, no uso da água e no uso de instrumentos que possam provocar ignições em espaço rural", apelou o secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e Ordenamento do Território.

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