Governo quer aumentar disponibilidades hídricas em cinco regiões do país

Portugal tem cinco zonas do país com “níveis de stress hídrico muito elevados” que vão ter pactos regionais específicos para aumentar a disponibilidade de água, revelou o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, em entrevista ao Jornal Água&Ambiente.

Os investimentos e soluções dos “pactos regionais para a água”, como denominou o Governo, vão permitir que mesmo num cenário de diminuição de precipitação, haja maior disponibilidade de água nestas regiões.

Essas regiões, adiantou o ministro do Ambiente, são o Algarve, o litoral alentejano, Tejo e Ribeiras do Oeste, a zona de Viseu, e a zona de Trás-os-Montes.

“Tendo em conta o ano que vivemos em 2022, ficou evidente para nós que havia cinco zonas do país que podemos destacar como necessitando de uma resposta diferente, que pondere o investimento em infraestruturas que aumentem a disponibilidade hídrica, mas que, ao mesmo tempo, exija um compromisso com o território para a forma como, depois, essa disponibilidade hídrica pode ser consumida, tendo em conta que, no futuro, vamos ter necessariamente menos água”, afirmou Duarte Cordeiro em entrevista ao Jornal Água&Ambiente.

Por “claramente” se destacarem relativamente ao restante território nacional, o ministro do Ambiente disse que a “APA tem estado a trabalhar na perspetiva da existência de um conjunto de planos regionais, e continuará a fazer esse trabalho, de consolidação de planeamento”.

Um dos primeiros “pactos regionais para a água” a ser desenhado vai ser o do Algarve, onde “as coisas são absolutamente claras”, diz o ministro: “Temos um plano de eficiência hídrica, temos 200 milhões no PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] e temos um conjunto de medidas que apostam, de forma diversificada, num conjunto de matérias”.