Quercus contra heliporto ilegal na Culatra
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Quercus contra heliporto ilegal na Culatra

A construção de um heliporto ilegal na ilha da Culatra, na Ria Formosa, indignou a associação ambientalista Quercus que fala em “contínuos atropelos ambientais” e “manutenção da ilegalidade” na ilha onde dizem que a lei parece não existir. A obra também já foi contestada pela Liga para a Protecção da Natureza.

Segundo a Quercus, a construção do heliporto só poderia ser levada a cabo com a autorização da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), uma vez que estas ilhas são parte do domínio público marítimo. Desta forma, para a Quercus, esta obra foi construída ilegalmente.

“É também de lamentar o comportamento irresponsável de alguns partidos políticos portugueses que se aproveitaram da situação com o intuito de propaganda eleitoral para as autarquias locais, mesmo estando conscientes que a construção desta estrutura é uma obra à margem da lei”, acrescenta a associação ambientalista, em comunicado.

A Quercus fala ainda em “total inoperância” do poder político e das instituições da Administração Central (ICNF-Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, APA, Marinha Portuguesa e municípios), uma inoperância que “se arrasta há vários anos”.

A associação ambientalista relembra que, face aos efeitos previsíveis das alterações climáticas, as autoridades já deviam estar a ponderar de forma séria e rigorosa, a possibilidade de se iniciar de imediato um programa para desocupar as duas penínsulas e as cinco ilhas-barreira do Parque Natural da Ria Formosa, mesmo que tal implicasse indemnizar cidadãos. Ao invés disto, assiste-se “a tentativas de manipulação para perpetuar a manutenção das construções ilegais”.

A associação exige uma acção firme por parte das autoridades policiais e que a resposta inclua, desde já, o início de um programa de renaturalização das ilhas-barreira, que envolva a retirada de todas as construções e a indemnização dos cidadãos afectados que, comprovadamente, residam e exerçam a sua actividade económica nos locais a intervencionar. “A manutenção da actual situação é aquela que sairá mais cara ao país e aos contribuintes num futuro próximo”, remata a Quercus.

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