Metro do Porto encomenda 12 autocarros a hidrogénio verde
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Metro do Porto encomenda 12 autocarros a hidrogénio verde

A Metro do Porto vai encomendar 12 autocarros a hidrogénio verde para o Bus Rapid Transit (BRT) - vulgo 'metrobus' -, da Boavista, de acordo com documentos consultados pela Lusa, esperando que o primeiro chegue no primeiro trimestre de 2024.

"A entrega do primeiro dos 12 veículos BRT [...] deve ocorrer no primeiro trimestre de 2024", pode ler-se nos documentos do concurso público para aquisição dos veículos e estação produtora de hidrogénio verde, consultados pela Lusa.

Os mesmos documentos referem que "até 28 de junho de 2024 terão de estar rececionados oito veículos BRT", sendo que "os restantes quatro veículos devem estar rececionados até à data-limite de 30 de agosto de 2024".

Na segunda-feira (19 de dezembro), foi publicado em Diário da República (DR) o lançamento de um concurso público internacional de 23,5 milhões de euros para adquirir o material circulante e infraestruturas de abastecimento.

O procedimento engloba, assim, o "projeto, fornecimento e colocação em serviço" da "estação de produção, armazenamento e abastecimento de hidrogénio verde para abastecimento dos veículos BRT [...] e venda a terceiros", na estação de recolha da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) na Areosa.

Também se incluem no concurso as "instalações de produção fotovoltaica de energia elétrica de fonte renovável para o processo de produção de hidrogénio verde", nas recolhas da STCP da Areosa, Francos e Via Norte.

O objetivo é produzir, através dos painéis fotovoltaicos localizados nas três estações de recolha, a média diária mínima de 350 quilogramas (kg) de hidrogénio necessária para abastecer, na Areosa, os veículos BRT.

Quanto aos veículos, devem ter "uma vida comercial útil mínima de 16 anos" e terão propulsão híbrida, "isto é, com motorização elétrica e alimentação a hidrogénio gasoso", com autonomia mínima de 350 quilómetros (km) a hidrogénio e 50 km em modo elétrico.

"Estima-se que em hora de ponta seja necessário o uso recorrente de 10 veículos em operação, sem prejuízo de poder ser usada a totalidade da frota", sendo os veículos obrigados a ter uma lotação igual ou maior a 130 passageiros, dos quais 35 sentados.

A estética do autocarro "deve resultar de um equilíbrio entre o sucesso dos veículos antecessores" da Metro do Porto e "apresentar uma evolução positiva", sendo "fundamental" que "reflitam e continuem" a direção tomada com o novo metro da CRRC Tangshan, que chegou às oficinas de Guifões e traduz "o carisma moderno que se pretende".

"O material de revestimento exterior deve ser de características 'antigrafitti' e ter a capacidade adequada de resistir a atos de vandalismo", requer também a Metro do Porto no concurso público.

Quanto à relação do veículo com a via e a infraestrutura, "existirá um sistema de controlo semafórico que assegurará prioridade de circulação ao veículo BRT", e as estações irão dispor de máquinas de venda de bilhete Andante e validadores, tal como no Metro do Porto, "e não a bordo dos veículos BRT".

Estão previstas as estações Casa da Música, Guerra Junqueiro, Bessa, Pinheiro Manso, Serralves, João de Barros e Império, no primeiro serviço (Casa da Música - Império), e na secção até Matosinhos (Casa da Música - Anémona) adicionam-se Antunes Guimarães, Garcia de Orta, Nevogilde, Castelo do Queijo, e Praça Cidade do Salvador (Anémona).

O serviço será, posteriormente, operado pela STCP, algo já anunciado pelo presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira.

A construção do BRT é financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e chega aos 66 milhões de euros, valores sem IVA.

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