Ministra afasta, para já, intervenção nos combustíveis devido à guerra no Médio Oriente
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Ministra afasta, para já, intervenção nos combustíveis devido à guerra no Médio Oriente

A ministra do Ambiente e Energia afirmou esta segunda-feira que, apesar da instabilidade provocada pela guerra no Médio Oriente, o Governo não considera necessário intervir, para já, no mercado dos combustíveis. A posição foi transmitida por Maria da Graça Carvalho, citada pela agência Lusa, que sublinhou a diversidade de origens da energia consumida em Portugal como fator de proteção face à crise.

Questionada sobre uma eventual descida da taxa de carbono ou do imposto sobre combustíveis, a ministra respondeu que o Governo está atento à evolução do conflito — que envolve Israel, o Irão e os Estados Unidos — e que "vai tomar as decisões quando forem necessárias".

Os preços do petróleo têm oscilado com a escalada do conflito, agravada pela ameaça iraniana de fechar o estreito de Ormuz, uma das principais rotas globais de transporte de petróleo e gás. Apesar disso, Maria da Graça Carvalho garantiu que “a questão do estreito de Ormuz não afeta diretamente Portugal”, apontando que mais de 80% da eletricidade consumida no país é de origem renovável.

No que diz respeito às importações, a ministra destacou que Portugal compra “mais de 40% do petróleo ao Brasil”, seguido da Argélia, enquanto o gás natural provém sobretudo da Nigéria e dos Estados Unidos. “Temos, felizmente, uma diversidade muito grande de fontes de energia”, frisou.

Ainda assim, reconheceu que uma perturbação no estreito de Ormuz pode ter efeitos globais, e por isso será acompanhada de perto. Recordou ainda que os Estados-membros da União Europeia têm mecanismos para intervir nos preços da eletricidade sem depender da autorização de Bruxelas.

Para monitorizar a situação, o Ministério do Ambiente e Energia criou um gabinete dedicado ao acompanhamento do setor energético e à identificação de medidas de mitigação. Segundo a Lusa, este grupo envolve, além da ministra e do secretário de Estado da Energia, entidades como a DGEG, ENSE, ERSE e REN. Portugal dispõe atualmente de reservas estratégicas para três meses e está a trabalhar no reforço dessa capacidade.

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