Mota Engil, Altri e Corticeira Amorim entre empresas nacionais pior classificadas no índice Viajar Responsavelmente
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Mota Engil, Altri e Corticeira Amorim entre empresas nacionais pior classificadas no índice Viajar Responsavelmente

A Mota Engil, Altri e Corticeira Amorim foram as empresas nacionais com pior classificação no índice Viajar Responsavelmente, da Federação Europeia de Transportes e Ambiente (T&E), divulgado esta quarta-feira pela ZERO - Associação Sistema Terrestre Sustentável, e que avalia a a responsabilidade corporativa das empresas na área das viagens aéreas. Estas três empresas foram classificadas com D, numa escala de A a D.

Segundo a ZERO é possível concluir, através dos resultados do índice, que as empresas multinacionais portuguesas não têm planos para reduzir o impacto climático das viagens de trabalho.

As restantes dez empresas nacionais incluídas no índice, e que obtiveram todas classificção C, foram a Galp Energia, o Banco Comercial Português, a REN - Redes Energéticas Nacionais, a NOS, a Jerónimo Martins, o Grupo EDP, a Efacec Energia, a Sonae, a Caixa Geral de Depósitos e a The Navigator Company. A EDP é, segundo a avaliação, a entidade responsável pelo maior número de viagens aéreas.

Também a Siemens, a Microsoft e a Google são outras empresas no 'ranking' que não têm planos credíveis para reduzir as emissões das suas viagens aéreas.

Para a associação ambientalista este ranking é revelador de que “as empresas portuguesas têm um fraco desempenho em comparação com multinacionais espanholas, francesas, britânicas e alemãs”, pois que nenhuma das 13 empresas portuguesas avaliadas estabeleceu objetivos concretos para reduzir as emissões das viagens aéreas.

De acordo com a ZERO “as empresas portuguesas têm de estabelecer urgentemente objetivos para reduzir as emissões das viagens aéreas em trabalho ou arriscam-se a ficar para trás no combate à crise climática”, não havendo "desculpas para não tomar medidas quando outras empresas do mesmo setor estabeleceram objetivos ambiciosos. Mesmo tendo em conta o caráter periférico de Portugal na Europa, as empresas portuguesas podem reduzir as emissões das viagens aéreas por via da substituição de algumas reuniões presenciais pela videoconferência e evitando a ponte aérea Lisboa-Porto, optando pelo comboio”.

O 'ranking' Viajar Responsavelmente 2024 avalia 328 empresas norte-americanas, europeias e indianas, engtre as quais 16 empresas obtiveram a classificação A e 40 a classificação B, tendo a esmagadora maioria recebido a classificação C (230), com 42 empresas na classificação D.

A ZERO considera que se as 25 empresas, das 328, que são responsáveis por “36% das emissões e que não tem planos para as reduzir”, vierem a reduzir as viagens aéreas em 50%, "será possível garantir um terço da redução de emissões que é necessária alcançar até 2025 por parte da totalidade das empresas", adiantando que isso "permitiria poupar o equivalente a 5,9 milhões de toneladas de CO2₂, o equivalente às emissões produzidas por três milhões de automóveis num ano".

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