
Mota-Engil tranquila enquanto FCC queima os últimos cartuchos
A Mota-Engil, a empresa que foi indicada no relatório preliminar da Parpública e Águas de Portugal como a que deveria vencer o processo de privatização da EGF (Empresa Geral de Fomento), continua confiante de que a decisão final lhe será favorável, apurou o Ambiente Online junto de fonte próxima do processo.
Termina hoje o prazo para os três concorrentes à privatização da EGF, braço dos resíduos do grupo Águas de Portugal, remeterem os seus comentários ou reclamações ao relatório preliminar sobre o processo. O Ambiente Online apurou que a Mota-Engil continua a sustentar a sua candidatura no argumento mais forte - o preço, facto que até agora lhe deu vantagem e tem sido decisivo em processos de privatização. “Em equipa vencedora não se mexe. A proposta da Mota-Engil é desde o início muito coesa e sólida”, sublinha a mesma fonte.
A proposta apresentada pela Mota-Engil para a compra da EGF foi a mais alta ascendendo a 349,9 milhões. A proposta da FCC ficou pelos 345, 3 milhões mas a empresa já veio dizer que está disposta a subir a parada.
O grupo português, que concorre ao negócio através da sua participada SUMA, encontra-se ainda em vantagem porque tem o financiamento necessário garantido.
A FCC, que prepara os argumentos finais para a reclamação ao relatório inicial, está contudo à frente no que diz respeito aos objectivos ambientais. O grupo, que há vários dias defende uma ronda final entre os dois melhores concorrentes, argumenta ainda que tem financiamento garantido suficiente para a compra da EGF, na ordem dos 293 milhões, o que demonstra a “força da proposta”, confirmou ao Ambiente Online fonte próxima da empresa.
Em terceiro lugar na corrida à privatização da EGF está o grupo português DST. O grupo belga de resíduos industriais Indaver foi excluído do processo. O Governo deverá anunciar ainda durante o mês de Setembro o vencedor da privatização da EGF.
Ana Santiago