
Movimentos contestam megaprojetos energéticos no Alentejo e pedem ordenamento nacional
Quatro movimentos cívicos e uma associação ambiental entregaram esta quinta-feira uma carta aberta ao Parlamento e ao Ministério do Ambiente, na qual contestam a instalação de megaprojetos de energia renovável no Alentejo e pedem a criação de um plano nacional e regional de ordenamento da produção energética.
Na carta, intitulada "Transição energética no Alentejo – Um compromisso com a sustentabilidade e o futuro", os subscritores alertam para os impactos ambientais e sociais da atual política energética e rejeitam projetos eólicos e solares “on e off-shore” que “sacrificam” o território. “Não aceitamos a construção de megaprojetos no Alentejo”, afirmam.
Defendem uma aposta na produção descentralizada, como as Unidades de Produção para Autoconsumo e as Comunidades de Energia Renovável, e pedem que sejam tidos em conta critérios como biodiversidade, paisagem e património. “A redução de emissões não pode depender apenas da centralização da produção solar em larga escala”, sublinham.
A carta, subscrita pelos movimentos Juntos pelo Cercal, Juntos pelo Divor e Vamos Salvar os Sobreiros e a Associação ProtegeAlentejo, foi dirigida à ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, e ao presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco. Os autores pediram ainda audiências para apresentar as suas propostas.