
Municípios de Santarém e Golegã preparam regresso à Águas do Ribatejo
Os municípios de Santarém e Golegã estão a preparar o seu regresso à Águas do Ribatejo (AR), um sistema intermunicipal que é apontado como um modelo a seguir pela tutela, que está a incentivar a agregação dos municípios para a gestão do abastecimento de água em baixa, confirmou o Ambiente Online junto da AR.
Estes dois municípios ribatejanos, que a determinada altura chegaram a integrar o sistema, retornam assim ao sistema AR que já serve 150 mil habitantes em sete municípios: Almeirim, Alpiarça, Benavente, Chamusca, Coruche, Salvaterra de Magos e Torres Novas.
O presidente da Águas do Ribatejo, Francisco Oliveira (na foto à esquerda), já manifestou publicamente o acordo para estudar a integração da Golegã desde que seja “um bom casamento para os dois noivos”. O mesmo se passa em relação a Santarém.
Tem havido troca de informação com outros municípios do Médio Tejo no sentido de eventual integração. O presidente da AR considera que o alargamento é vantajoso para ganhar escala, mas insiste na realização de estudos de viabilidade que assegurem que as opções serão vantajosas para a AR e para os municípios integrantes. “Não podemos comprometer a sustentabilidade do projecto com a pressa de crescer. Queremos que seja um crescimento sustentado e harmonioso, sem muitas dores”, disse em conferência de imprensa.
O ministro do Ambiente e o secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins (na foto à direita), pediram a colaboração à Águas do Ribatejo para que disponibilizassem informação que pudesse ajudar os autarcas e as entidades gestoras a tomar decisões tendo em vista uma escala óptima que se situa entre os 80 mil e os 150 mil habitantes.
A Águas do Ribatejo revelou ao Ambiente Online que tem recebido autarcas de municípios de várias regiões do país, mas também de outros países como Angola, Moçambique e Cabo Verde que manifestaram interesse em conhecer o modelo de gestão que congrega a alta e a baixa com a particularidade de ser gerido apenas pelos municípios e sem capitais privados.
Ana Santiago