
Ocean Winds disponível para reforçar investimento em eólicas offshore em Portugal
A Ocean Winds, empresa que detém a maioria do capital do parque eólico offshore Windfloat Atlantic, ao largo de Viana do Castelo, está preparada para reforçar a aposta em Portugal, motivada pelos “sinais positivos” do Governo sobre a realização de um leilão para novas concessões de energia eólica no mar. A informação foi avançada à agência Lusa por José Pinheiro, diretor do projeto.
Segundo o responsável, “há sinais positivos deste Governo de que o modelo concursal está mais ou menos consensualizado e com timings que já vão apontando para que o leilão se venha a fazer este ano ou em 2026”. O interesse da Ocean Winds surge no contexto do quinto aniversário do Windfloat Atlantic, um projeto em parceria com a EDP Renováveis e a Engie, que tem servido como laboratório para testar e desenvolver a tecnologia eólica flutuante.
José Pinheiro destacou ainda à agência Lusa que a publicação, em abril, do despacho que define o modelo do procedimento concursal veio dar maior clareza ao processo. O documento determina que, até setembro, sejam elaboradas as peças necessárias para o lançamento do concurso público. Ainda assim, sublinhou que o investimento está dependente da concretização dos leilões e alertou que, perante um cenário económico e geopolítico difícil, “é natural” que as empresas globais ponderem outras localizações para investir.