Organizações ambientalistas antecipam dificuldades em sede de estudo de impacto ambiental do aeroporto de Alcochete
Nove organizações ambientalistas alertaram esta terça-feira, após o anúncio, pelo primeiro-ministro, de que o Governo aprovou a construção do novo aeroporto em Alcochete, que antecipam dificuldades em sede de estudo de impacto ambiental, uma vez que esta é a opção “mais problemática em termos ambientais e de ordenamento do território”.
O comunicado é assinado pelas organizações Almargem, Associação Natureza Portugal/Fundo Mundial para a Natureza (ANP/WWF), FAPAS-Associação Portuguesa para a Conservação da Bodiversidade, Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA), Liga para a Proteção da Natureza (LPN), Quercus-Associação Nacional de Conservação da Natureza, A Rocha, Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) e ZERO-Associação Sistema Terrestre Sustentável.
Apesar disso, as organizações não-governamentais de ambiente (ONGA) consideraram positivo o avanço do processo de decisão do novo aeroporto e que a opção Montijo esteja definitivamente colocada de parte:“É uma enorme vitória das ONGA, mas acima de tudo para o país”, pode ler-se no comunicado de imprensa.
As organizações salientam no comunicado a importância da aposta numa rede ferroviária que funcione em complementaridade à rede de aeroportos, atual e futura.
As ONGA lembraram ainda que as medidas para o atual aeroporto continuam a funcionar, até o novo aeroporto estar pronto, e, por isso, deverão ser sujeitas a avaliação de impacto ambiental.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou esta terça-feira a opção de construção de um novo aeroporto da região de Lisboa em Alcochete, seguindo a recomendação da Comissão Técnica Independente.