Parlamento Europeu quer reforçar segurança energética e acabar com importações russas até 2027
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Parlamento Europeu quer reforçar segurança energética e acabar com importações russas até 2027

O Parlamento Europeu aprovou esta terça-feira, em sessão plenária, um relatório com propostas para reforçar a segurança energética na União Europeia, destacando a necessidade de reduzir a dependência de fontes externas e garantir um sistema energético mais resiliente e sustentável.

O documento apela ao fim das importações de combustíveis fósseis da Rússia até, no máximo, 2027, sublinhando que a dependência energética da UE está a alimentar a “máquina de guerra” russa. Paralelamente, reforça-se o apoio à Ucrânia na proteção das suas infraestruturas energéticas, com os eurodeputados a alertarem para os riscos geopolíticos e a importância de uma resposta coordenada.

Os eurodeputados defendem o investimento em fontes de energia limpas e produzidas na própria União, o aumento da eficiência energética e o desenvolvimento de um mercado energético integrado, capaz de lidar com a intermitência das energias renováveis. O relatório salienta a importância de modernizar e expandir redes energéticas, bem como de simplificar os mecanismos de remuneração de capacidade, considerados essenciais para garantir fornecimento em períodos de maior procura.

Outra prioridade identificada passa pela proteção das infraestruturas críticas face a ameaças como ataques cibernéticos ou militares. O Parlamento propõe a criação de avaliações obrigatórias de risco para pequenas unidades de produção energética distribuída.

Apesar dos avanços na produção de energia renovável — como o aumento de 98% na energia eólica e de 314% na solar fotovoltaica desde 2014 —, a UE continua a importar mais de 60% da energia que consome, incluindo 90% do gás e 97% do petróleo. O Parlamento considera que esta dependência compromete a estabilidade económica e a segurança coletiva da União.

A resolução, aprovada por 459 votos a favor, 170 contra e 30 abstenções, resulta de um comunicado de imprensa hoje divulgado pela instituição.

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