Petição em defesa do gás renovável chega ao Parlamento no dia em que se assinalam três meses do apagão elétrico

O Movimento pelo Gás Renovável vai entregar na próxima segunda-feira, 28 de julho, uma petição na Assembleia da República a favor de uma política energética que não dependa apenas da eletricidade. A ação acontece no mesmo dia em que se cumprem três meses sobre o apagão elétrico que afetou milhares de portugueses.

Com mais de mil assinaturas, o documento pede que o Parlamento e o Governo garantam o direito de os consumidores escolherem a fonte de energia que melhor se adapta às suas necessidades. Os subscritores defendem que o gás renovável deve ter um papel relevante na transição energética e alertam para os riscos de uma aposta exclusiva na eletricidade.

“O sistema energético não pode depender de uma única fonte”, afirmou Gabriel Sousa, presidente executivo da Floene, uma das empresas que distribui gás natural em Portugal. Para este responsável, o apagão de abril mostrou a fragilidade do atual modelo e reforçou a necessidade de soluções diversas para garantir mais segurança e estabilidade.

A petição será analisada pela Comissão Parlamentar de Ambiente e Energia e pede também que as redes de distribuição de gás sejam preparadas para integrar gases renováveis, como o biometano ou o hidrogénio. O Movimento pelo Gás Renovável considera que estas alternativas podem contribuir para a autonomia energética do país e não devem ser ignoradas.