
Planos de Segurança da Água podem vir a ser obrigatórios para as entidades gestoras
“Nos últimos 10 anos conseguimos que os planos de segurança da água fossem mais ou menos implementados em Portugal”, anunciou Luís Simas, responsável do departamento de qualidade da água da ERSAR, na quinta-feira, durante o Congresso Mundial da Água, que termina hoje em Lisboa.
Traduzido por miúdos: “Hoje já quase dois milhões de portugueses bebem água cuja qualidade está assegurada através de planos de segurança da água e até à estação de tratamento já temos cinco milhões de pessoas”.
Este empenho das entidades gestoras motivou a ERSAR a dar o próximo passo. “Neste momento estamos a trabalhar com vários stakeholders no sentido de perceber se vamos manter esta perspectiva pedagógica, em que a entidade reguladora exerce uma influência positiva sendo uma força motriz para que mais entidades gestoras implementem Planos de segurança da Água, ou se avançamos para a regulamentação no sentido da obrigatoriedade”, avançou Luís Simas.
A decisão ainda não está tomada e promete ainda demorar. É que o grupo de trabalho totaliza mais de 20 pessoas dos vários stakeholders e a informação daí decorrente tem de ser analisada. Para já o grupo teve duas reuniões e outra está ainda agendada para o final deste ano.
“Temos de ter em conta, por exemplo, da capacidade técnica que as entidades gestoras têm neste momento, bem como as directrizes europeias - porque a avaliação de risco começa a ser muito presente”, segundo Luís Simas. Qualquer que seja o caminho, em 2015, a ERSAR vai estar muito emprenhada nos Planos de Segurança da Água.