Poluição pontual e difusa apontada como uma das problemáticas na rede hidrográfica de Leiria
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Poluição pontual e difusa apontada como uma das problemáticas na rede hidrográfica de Leiria

De acordo com o Plano Estratégico de Reabilitação de Linhas de Água (PERLA), a poluição pontual e difusa é uma das problemáticas na rede hidrográfica de Leiria, revelou a Câmara Municipal de Leiria.

“Nesta fase do plano, a poluição pontual e difusa, por vezes originária de descargas de efluentes ou produção agrícola e pecuária, foi identificada como uma das problemáticas na rede hidrográfica de Leiria”, afirmou à agência Lusa o vereador Luís Lopes, que tem, entre outros, o pelouro do Ambiente.

O PERLA está a ser desenvolvido pela EcoSalix – Sistemas Ecológicos de Engenharia Natural, Lda., e contou, na primeira fase, com a auscultação do Município, Agência Portuguesa do Ambiente, Águas do Centro Litoral, Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Leiria, Associação de Regantes e Beneficiários do Vale do Lis, associação ambientalista Oikos e do grupo desportivo Lispesca.

Segundo Luís Lopes, o plano pretende “estabelecer uma estratégia de gestão, proteção e recuperação das linhas de água do concelho de Leiria, de aplicação, por um lado, generalizado, mas, por outro, focada nas características e problemas existentes específicos das diversas tipologias de linhas de água concelhias”.

Os objetivos do documento passam por “definir um conjunto de linhas orientadoras de atuação nos cursos de água municipais” e “consciencializar todos os envolvidos na gestão dos recursos hídricos de que as linhas de água devem ser geridas como uma rede”.

Por outro lado, quer criar medidas que promovam “a redução das fontes de poluição, melhorando a qualidade da água”, e incrementar a “qualidade da vegetação ripícola, conservando a existente e criando condições para que se estabeleça nos locais mais depauperados a conservação de habitats”.

Por outro lado, visa devolver os “espaços ribeirinhos às populações, em harmonia com a preservação da natureza”, e a “articulação da conservação da natureza com as atividades de produção agrícola, pecuária e silvícola”.

A primeira fase do plano, com um custo na ordem dos 22 mil euros, está concluída.

Luís Lopes explicou que se segue a recolha de outros contributos, de mais entidades e comunidade em geral.

“Depois, esses contributos serão incorporados no plano e definida uma linha de ação para intervir na bacia hidrográfica do rio Lis, com a definição de trabalhos a executar, sobretudo na frente ribeirinha da cidade e nas áreas rurais”, declarou o autarca, adiantando que espera o início dos trabalhos no final deste ano.

Luís Lopes ressalvou que já estão em curso “algumas ações pontuais”, dando como exemplos as ribeiras dos Milagres e do Amparo, e o rio Lis.

Estas ações incluem a “regularização do leito e taludes, retirada de sedimentos, evitar a propagação de espécies invasoras e a identificação de pontos de poluição”, exemplificou.

“Após a identificação desses focos de poluição, o objetivo é tentar erradicá-los na bacia do Lis”, acrescentou.

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