
Portugal tem área de agricultura biológica na média da UE
A área ocupada pela agricultura biológica em Portugal, no total da superfície agrícola, está na média da União Europeia (UE), mostra o relatório “Factos e números sobre a agricultura biológica”, divulgado hoje pela Comissão Europeia e baseado em dados relativos a 2011.
A média dos 27 Estados-membros é de 5,4% e a da EU-15 de 6%, percentagem que é igualada por Portugal, Dinamarca e Alemanha, de acordo com o relatório. A Áustria, com uma percentagem de 19%, é o país onde a importância do segmento orgânico, na superfície agrícola total, era a mais elevada em 2011; seguiam-se Suécia (15,7%) e Estónia (14,1%). Com as percentagens mais reduzidas aparecem Irlanda (1,1%) e Bulgária e Malta, com valores inferiores a 1%.
Entre os 15 Estados que aderiram à UE até 2003 (UE-15), “os dados disponíveis mostram que o potencial de crescimento nos próximos dois a três anos parece ser inferior que no E-N12”, ou seja, que no grupo de países que se juntou à União em 2004. Países como França, Itália, Irlanda, Suécia e Bélgica mostram percentagens de cerca de 20% ou mais de conversão em área orgânica total, com Espanha a registar uma taxa de mais de 30% e Portugal cerca de 50%, em particular durante os anos mais recentes, é referido no estudo.
Quanto à área média das explorações biológicas, dados de 2010 mostram que, na EU-27 situava-se em 34 hectares, ligeiramente acima do valor da EU-15. Portugal apresentava uma área média de quase 40 hectares. As maiores explorações biológicas situavam-se na Eslováquia (453 hectares/por exploração) seguindo-se a República Checa (169 hectares) e o Reino Unido (114 hectares). Com as áreas mais reduzidas encontravam-se Malta (três hectares/por exploração), Chipre (seis hectares) e Grécia (oito hectares), de acordo com os números apresentados no referido estudo.