
Potência de centrais de produção de eletricidade a partir de fontes renováveis aumentou 65,6% em dez anos
Em dez anos, entre 2013 e 2023, a potência instalada das centrais de produção de eletricidade a partir de fontes renováveis aumentou 65,6% e a potência instalada das centrais de produção de eletricidade a partir de fontes não renováveis diminuiu cerca de 28,1%, de acordo com a 6.ª edição do 'Energia em Números', lançado esta quinta-feira, Dia Mundial da Energia, pela ADENE - Agência para a Energia e a DGEG - Direçãp-Geral de Energia e Geologia.
Entre os mesmos anos, a potência instalada para produção de energia elétrica cresceu cerca de 5,5%, tendo sido a potência instalada fotovoltaica a que mais cresceu, atingindo 3,9 GW.
O documento apresenta dados referentes aos principais indicadores estatísticos nacionais em matéria de energia, incidindo particularmente na informação relativa aos anos 2022 e 2023.
Ainda de acordo com o documento, Portugal está menos dependente do exterior, apresentando em 2022 uma dependência energética de 71,2%, quando em 2012 esse valor era de 79,4%, sendo um dos principais objetivos da política energética nacional a redução dessa dependência para 65% em 2030, conforme estabelecido no Plano Nacional Energia Clima (PNEC). Na União Europeia, Portugal foi o 12º país com a maior dependência energética, com 8,8 p.p. acima da média UE 27 que foi de 62,5%, é ainda indicado.
Quanto ao Consumo de Energia Primária (CEP) sem usos não-energéticos foi de 21 Mtep em 2022, tendo tido um aumento de 7,1% relativamente ao ano 2021. "Dada a nova meta revista e fixada para 21 Mtep no PNEC 2030, o valor calculado encontra-se em linha com o objetivo para 2030", é analisado.
A quota das energias renováveis na eletricidade aumentou para 61,0% (mais 2,6 p.p. face a 2021).
Ainda em 2022, a intensidade energética da economia em energia primária situou-se em 101 tep/M€2016 (-3,8% face a 2021) enquanto a intensidade energética da economia em energia final foi de 78 tep/M€2016 (-4,9% face a 2021). Por outro lado, a intensidade energética da economia em eletricidade situou-se em 234 MWh/M€2016 (-4,1%, face a 2021): "Comparando os dados dos países da UE-27, verifica-se que em 2022, Portugal foi o 14º país com a menor intensidade energética da economia em energia primária, cerca de 5,7 % acima da média da UE-27", pode ler-se no relatório.
Em 2023, o saldo importador de produtos energéticos foi de 6,8 mil milhões de euros o que, face a 2022, representou uma diminuição de 41,9% em euros.
Em 2022, o setor dos transportes mantinha-se como o principal consumidor de energia, representando 35,4% do consumo total de energia final. No ano anterior representava 34,1% e em 2012, 35,6%, de acordo com o 'Energia em Números'.
O Energia em Números é uma publicação anual que agrega os dados mais relevantes do setor da energia em Portugal produzidos pela DGEG, bem como outros dados sistematizados pela ADENE. A publicação é constituída por oito capítulos e cobre as seguintes áreas temáticas: Indicadores Energéticos, Balanço Energético, Fatura Energética, Produção Doméstica e Transformação, Consumo, Preços, Mercados de Eletricidade e Gás Natural e Eficiência Energética.