
Resulima: Resíduos indiferenciados enviados para aterro temporariamente e com conhecimento de entidades responsáveis
A Resulima esclareceu esta terça-feira que está a encaminhar, temporariamente, resíduos urbanos indiferenciados recebidos na Unidade de Valorização de Resíduos, localizada em Paradela, no município de Barcelos, para o aterro sanitário, sempre com o conhecimento e em articulação com as entidades responsáveis.
O esclarecimento da administração da Resulima surge na sequência das denúncias do Presidente da Câmara Municipal de Póvoa de Varzim, Aires Pereira, que afirmou, este sábado, estarmos perante um “crime ambiental” na atividade de um aterro sanitário no município vizinho de Barcelos, apontando descargas ilegais de resíduos sem tratamento.
"A prática de deposição de resíduos urbanos diretamente em aterro sanitário ocorre exclusivamente em situações de emergência, avaria ou quando os circuitos de recolha em questão têm resíduos que, pela sua natureza e características, têm potencial de causar avaria nos equipamentos que constituem o tratamento mecânico, situação que decorre de procedimentos de segurança preventivos em qualquer unidade de tratamento de resíduos. No caso da Resulima, esta situação ocorre em alguns circuitos de recolha de resíduos urbanos onde foram detetados resíduos têxteis em elevada quantidade, situação que já está a ser analisada com as entidades responsáveis", justificou a entidade.
Mais se informa que esta situação é do conhecimento de todas as entidades que fazem parte da Comissão de Acompanhamento da Unidade de Valorização de Resíduos, devidamente reportada e registada pela Resulima, e que as notícias veiculadas recentemente descrevem uma situação que não corresponde à verdade dos factos.
A Resulima gere o aterro sanitário, localizado na freguesia barcelense de Paradela, distrito de Braga, e é responsável pela recolha de resíduos nos municípios de Arcos de Valdevez, Barcelos, Esposende, Ponte da Barca, Ponte de Lima e Viana do Castelo.
O equipamento entrou em funcionamento no início de 2022, mas, desde então, tem gerado a contestação dos habitantes das freguesias poveiras limítrofes de Rates e Laúndos, que se queixam da presença de "um cheiro nauseabundo" na zona, apontando como causa a atividade do aterro.