Ribeira de Pena acusa APA de atraso incompreensível na elaboração do Plano de Ordenamento da albufeira da Barragem de Daivões

Ribeira de Pena acusa APA de atraso incompreensível na elaboração do Plano de Ordenamento da albufeira da Barragem de Daivões

O presidente da Câmara de Ribeira de Pena acusou a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) de um atraso incompreensível na elaboração do Plano de Ordenamento da albufeira da Barragem de Daivões, o que terá inviabilizado a concretização de investimentos e "começa a ter um "prejuízo incalculável”, afirmou esta sexta-feira à agência Lusa João Noronha.

O autarca do distrito de Vila Real salientou os vários projetos e intenções de investimento que têm chegado à câmara desde a construção da barragem de Daivões e respetiva criação de nova albufeira no rio Tâmega, e fala num “potencial adiado” porque ainda não há um plano de ordenamento. E com os investimentos em suspenso, referiu, corre-se o risco dos investidores desistirem.

A elaboração do plano que define regras e usos para os terrenos envolventes à albufeira e para a massa de água é da responsabilidade da APA. A Lusa tentou obter um esclarecimento por parte desta agência, mas não obteve resposta, até ao momento.

A barragem de Daivões está inserida no Sistema Eletroprodutor do Tâmega (SET), concessionado à espanhola Iberdrola, e iniciou a exploração comercial no verão de 2022.

O SET, que inclui as barragens de Daivões, Gouvães e Alto Tâmega, é considerado um dos maiores projetos hidroelétricos na Europa nos últimos 25 anos, e, segundo foi divulgado pela Iberdrola, representa um investimento total de 1500 milhões de euros.

O sistema de eletroprodutor do Tâmega possui uma capacidade de 1158 megawatts (MW), sendo capaz de armazenar 40 milhões de quilowatts-hora (kWh), equivalente à energia consumida por 11 milhões de pessoas durante 24 horas nas suas casas, tornando-se um dos maiores sistemas de armazenamento de energia da Europa.

Também em Ribeira de Pena se reclama o pagamento do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) pela barragem de Daivões, um processo que, segundo João Noronha, “está em avaliação”, não sabendo quanto tempo vai demorar.

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