Temos a primeira grande central de dessalinização em concurso público no Algarve

Para José Pimenta Machado, Vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), “não faz sentido colocar mais água no sistema e depois 50 por cento perde-se por ineficiência desse sistema”. O especialista começou por referir algumas das mediadasque considera prioritárias para dar resposta ao desafio da rescassez de água, durante o painel ‘Escassez de água e uso eficiente: avaliar medidas tomadas e beber da experência de outros países’, integrado nas Conferências de Novembro, evento que está a decorrer no LNEC, em Lisboa, promovido pelo Jornal Água&Ambiente.

Portanto, para Pimenta Machado, “a primeira grande medida é combater as perdas, o desperdício, sendo urgente melhorar o sistema de redes de abastecimento de água”. Há também que encontrar novas formas de interligar as barragens e apostar nas águas para reutilização pois “não faz sentido usar a água que beemos para regar jardins ou caixotes do lixo”.

Como “o clima mudou”, há que apostar na dessalinização: “temos a primeira grande central de dessalinização em concurso público no Algarve, é urgente potabilizar a água do mar”. Está também pensada uma central para a região de Sines e outra para o Mira.

Mas “Portugal está muito bem preparado para encarar e atenuar o problema da escassez da água no futuro”, revelou José Pimenta Machado.

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