Multiplicam-se os alertas, o retrocesso vem aí!

Multiplicam-se os alertas, o retrocesso vem aí!

Os serviços de águas, depois de uma fase de progresso, têm vindo a cair num gradual esquecimento e a revelarem estagnação ou mesmo retrocesso. A recente publicação do RASARP 2022 da ERSAR vem apenas confirmar o que já sentíamos. Insuficiente reabilitação de condutas, elevadas perdas de água, baixa recuperação de gastos, etc. E como se isso não chegasse, evolução negativa da fiabilidade dos dados fornecidos ao regulador pelas entidades gestoras.

Isso parece resultar de uma falsa perceção de que estes problemas estão resolvidos. Errado! Ou voltamos a centrar a atenção nestes serviços, nomeadamente a nível político, ou teremos inevitavelmente o seu retrocesso, agravando condições ambientais e de saúde pública.

Necessitamos de um compromisso nacional e local dos órgãos políticos, um “Pacto para a Água”. Há que potenciar a intervenção do regulador. Há que assegurar sustentabilidade económica e financeira do setor. Há que prosseguir agregações, aumentando especialização, dimensão e recursos das entidades gestoras. Há que apostar em entidades gestoras modernas e digitais, com melhor organização interna e instrumentos de planeamento e gestão. Há que introduzir uma cultura de gestão patrimonial das infraestruturas através da sua continuada reabilitação. Há que assegurar eficiência operacional, nomeadamente hídrica e energética, bem como segurança e resiliência, face a alterações climáticas e a outros fatores de risco.

Temos, enfim, que ver aprovado - e efetivamente implementado - o novo plano estratégico PENSAARP 2030.

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