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Forum de Administradores de Empresas sugere alteração à nomeação do presidente da ERSE
Fazer depender a escolha do conselho de
administração da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos
(ERSE) da Assembleia da República foi uma das sugestões que saiu
hoje do evento Programa Empresas Parlamento, que decorreu no Centro
Cultural de Belém, em Lisboa.
Na iniciativa, organizada pelo Forum de
Administradores de Empresas, Nuno
Ribeiro da Silva, presidente da Endesa Portugal, e Rui Gomes da
Silva, ex-deputado do PSD, apontaram esta medida como uma das
necessárias para promover a estabilidade, transparência e
previsibilidade ao sector energético.
Por
outro lado, salientou Rui Gomes da Silva, as pessoas que vão ser
nomeadas devem ser ouvidas com «carácter imperativo e prático, de
forma a que possam ser responsáveis pelas suas ideias». Uma outra
ideia deixada foi a de que o mandato seja de 5 anos e não renovável,
e que, caso não seja cumprido até ao seu final, os elementos
dessas entidades sejam cooptados. «O objectivo é que haja
responsabilidade, um programa para os 5 anos, transparência,
previsibilidade, e que não haja pessoas a trabalhar a duas
velocidades», frisou Rui Gomes da Silva.
Presente
na sala, o presidente da ERSE, Vítor Santos, preferiu não comentar
esta sugestão.
Incluir comercializadores
nos conselhos da ERSE
Além
desta proposta, foi sugerida a inclusão dos comercializadores nos
conselhos consultivo e tarifário da ERSE, de forma a que estes –
entre os quais se encontram empresas como a Endesa ou Iberdrola –
tenham também a oportunidade de se pronunciarem sobre a
adequabilidade das estruturas tarifárias.
Esta
é, segundo Vítor Santos, uma questão pacífica. «Estamos
absolutamente de acordo de que os conselhos têm de ser
representativos da indústria», disse à margem do evento. O
responsável salientou, de qualquer modo, que do ponto de vista
pragmático o problema não se coloca, já que a ERSE tem partilhado
com os comercializadores «a informação necessária relativamente à
estrutura tarifária, de forma a permitir que essas entidades estejam
em igualdade de circunstância com a EDP, que esta está presente nos
conselhos».
Durante a sua intervenção, Nuno
Ribeiro da Silva alertou ainda para a necessidade de haver uma
mudança na Lei nº 12/2008, que proibiu a cobrança pelo aluguer do
contador de energia. «Esta é uma boa intenção, mas que no final
acaba por prejudicar o próprio consumidor», avisou, por seu turno,
Rui Gomes da Silva. É que os benefícios para os consumidores,
resultantes de uma maior eficiência, acabam por compensar os custos,
explicou.