Entrega de veículos em fim de vida diminuiu 11 por cento em 2014

A entrega de Veículos em Fim de Vida (VFV) nos centros de abate da Rede Valorcar diminuiu 11 por cento em 2014 face a 2013. No ano passado foram apenas entregues 51.181 viaturas quando no ano anterior tinham sido reencaminhados para os centros de abate 57.780 veículos.

“A descida deve-se às condições de mercado. As vendas têm subido mas são sobretudo puxadas pelo sector das frotas, que normalmente não tem VFV para entregar. O consumo privado (famílias), que normalmente tem VFV para entregar na compra de um veículo novo ainda não arrancou”, explica ao Ambiente Online o Director Geral da Valorcar, Ricardo Furtado.

Mantém-se a tendência de aumento da idade média dos veículos em fim de vida, que é agora de 19,7 anos, o que reflecte o envelhecimento do parque automóvel nacional.

Em 2014 atingiu-se o melhor resultado de sempre ao nível do reaproveitamento dos materiais dos VFV já que se alcançou uma taxa de reutilização/valorização de 96,8 por cento (peso médio de cada VFV que é reaproveitado).

É de realçar ainda o cumprimento antecipado das taxas de reutilização/reciclagem (85 por cento) e de reutilização/valorização (95 por cento) previstas na legislação comunitária só para o período pós 2015.

Todos os VFV recebidos na Rede Valocar são despoluídos e desmantelados, o que possibilita a reutilização de diversas peças, como motores e portas, e a reciclagem de inúmeros materiais. Os metais, que representam cerca de 75 por cento de um VFV, são fundidos e utilizados, por exemplo, no fabrico de vigas para a construção civil. A borracha dos pneus serve para fazer pavimentos para parques infantis ou relvados sintéticos. Os plásticos são transformados em vasos para plantas ou em mobiliário urbano, como bancos de jardim ou passadeiras de praia. Já os vidros são reaproveitados na indústria cerâmica.

A Valorcar gere uma rede nacional de centros de abate de VFV composta por 86 centros licenciados pelo Ministério do Ambiente espalhados em todos os distritos do continente (76) e nas regiões autónomas dos Açores (9) e da Madeira (1).

A entrega de um VFV nestes centros é totalmente gratuita, garante um tratamento ambientalmente adequado para o veículo sendo os respectivos registos de propriedade e matrícula cancelados.

É a única forma de deixar de pagar o Imposto Único de Circulação já que se o veículo for abandonado ou entregue a centros não licenciados, o titular do registo continuará a pagar este imposto.