
ERSE aprova projeto-piloto de injeção de hidrogénio na rede nacional de gás
A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) deu luz verde a um projeto-piloto que prevê a injeção de hidrogénio na Rede Nacional de Transporte de Gás (RNTG), anunciou o regulador esta terça-feira.
A iniciativa, promovida pela REN Gasodutos no âmbito do Regulamento da Qualidade de Serviço dos setores elétrico e do gás, insere-se no programa H2REN e tem como pano de fundo as orientações nacionais e europeias no domínio do hidrogénio, em particular o Plano Nacional do Hidrogénio.
Durante 18 meses, será injetado hidrogénio num troço da rede nacional, que será depois canalizado para a rede de distribuição da REN Portgás. A mistura, composta por hidrogénio e gás natural, destina-se ao abastecimento de um grupo de consumidores no distrito de Braga.
Segundo a ERSE, o projeto tem três principais objetivos: testar a operação das infraestruturas com misturas de até 10% de hidrogénio, avaliar a coordenação entre os operadores das redes de transporte e distribuição na injeção de gases renováveis, e ensaiar um novo sistema de controlo da qualidade do gás.
A experiência permitirá também testar, em diferentes condições, o desempenho de uma Estação de Mistura e Injeção (EMI), instalada nas unidades de produção de gases renováveis. A REN compromete-se a informar os consumidores envolvidos e acompanhar o processo durante as fases de injeção. De acordo com o comunicado, “não se preveem constrangimentos para os clientes”, já que a concentração de hidrogénio respeita os limites dos equipamentos de queima de gás natural.