
Taxa de regeneração de óleos usados atingiu valor recorde de 61 por cento
A taxa de regeneração de óleos usados atingiu em 2014 um valor recorde de 61 por cento. O restante foi enviado para reciclagem. Desde 2007 que não são encaminhadas quaisquer quantidades para valorização energética. No total, no ano passado, foram recolhidas 24.459 toneladas de óleos lubrificantes usados, apurou o Ambiente Online junto da Sogilub, a entidade gestora deste fluxo específico de resíduos.
De acordo com a nova licença, emitida na semana passada, a Sogilub terá que enviar para regeneração, em 2015, 65 por cento dos óleos recolhidos. A licença prevê uma evolução dos valores de tal forma que em 2019, último ano da licença, sejam renegerados 80 por cento dos óleos recolhidos. Na anterior licença, de 2010, que estava a ser automaticamente prorrogada, o valor estabelecido para regeneração era de 25 por cento do total recolhido.
A regeneração de óleos usados constitui o destino prioritário na hierarquia do tratamento e valorização de óleos usados, tendo como fundamentos ambientais a redução de 40 por cento das emissões de CO2 quando os óleos base são produzidos a partir de bases regeneradas. Desde 2006 que a regeneração dos óleos tem aumentado em Portugal. A maioria dos resíduos eram enviada para o estrangeiro, mas a entrada em funcionamento da Enviroil II, em Julho do ano passado, na Chamusca, deverá potenciar este segmento.
No que respeita aos óleos novos, em 2014, segundo a Sogilub, os Produtores de Óleos Novos aderentes declararam ter colocado no mercado nacional (Continente e Ilhas) um total de 71.879 toneladas de óleos e massas lubrificantes, incluindo aqueles que estão isentos do pagamento de Ecovalor, um aumento de quase oito por cento em relação ao ano anterior.
“Representa uma inversão da queda que se tinha vindo a verificar nos últimos anos, em grande medida devido ao aumento de mais de 28 por cento dos óleos isentos de Ecovalor, isto é, óleos lubrificantes que não dão origem a óleos usados”, esclarece o director executivo da Sogilub, Aníbal Vicente em declarações ao Ambiente Online.
Ana Santiago