
Valorcar ultrapassou meta de baterias de veículos usadas prevista para 2010-2014
A Valorcar ultrapassou em 57 por cento a meta legalmente prevista de recolha de Baterias de Veículos Usadas (BVU) prevista para o período de licenciamento 2010-2014. No total foram recolhidas 110 mil toneladas de BVU quando o objectivo estabelecido era de 70 mil toneladas.
Este resultado foi alcançado apesar de se ter registado um decréscimo, em 2014, no reencaminhamento de baterias para reciclagem. Os centros da Rede Valorcar recolheram apenas 14.065 em 2014 quando no ano interior tinham sido reunidas 21.245 toneladas.
“Tivemos duas baixas importantes na Rede Valorcar, um centro de recolha fechou por divergências dos sócios e decidimos rescindir contrato com outro centro por desrespeito pelas nossas regras. Esta situação foi pontual, não afectou os nossos resultados globais e já estamos a corrigi-la, através da abertura de concurso para mais nove centros para a REDE VALORCAR”, adianta ao Ambiente Online o Director Geral da Valorcar, Ricardo Furtado.
As baterias de veículos usadas foram recolhidas em 2014 em mais de 10 mil locais diferentes, desde oficinas, até lojas auto, passando por centros de abate de veículos em fim de vida.
As baterias automóveis têm em média um período de vida útil de quatro anos, transformando-se depois em resíduos considerados perigosos. A Rede Valorcar é formada por operadores licenciados pelo Ministério do Ambiente e contratados pela Valorcar para recolherem estas baterias usadas. Actualmente esta rede conta com 86 centros, espalhados por todos os distritos do continente (76) e nas regiões autónomas dos Açores (9) e da Madeira (1).
Depois de recolhidas estas baterias foram enviadas para reciclagem em quatro unidades industriais especialmente vocacionadas para esta actividade que neutralizam o ácido das baterias e recuperam o plástico das caixas (Polipropileno - PP) para posterior produção de vasos de plantas, tubos de rega ou mobiliário urbano.
É ainda recuperado o chumbo para produção de lingotes. Cerca de 90 por cento deste chumbo é utilizado na produção de novas baterias, sendo o restante, de menor grau de pureza, encaminhado para o fabrico de munições de caça (cartuchos de chumbo), barreiras de protecção contra radiações, lastro de navios, contrapeso de elevadores, entre outros produtos.
Segundo a legislação nacional (DL n.º6/2009), quem introduz estas baterias novas no mercado nacional (importador) é obrigado a registar-se e a aderir a um sistema que garanta a sua recolha e reciclagem quando se transformam em resíduos.
Actualmente o Sistema Integrado da Valorcar tem 361 importadores aderentes, os quais comercializaram em 2014 mais de 1,1 milhões de baterias automóveis (19,5 mil toneladas), o que representou um crescimento homólogo de unidades comercializadas da ordem dos 2,8 por cento e permitiu consolidar a tendência de aumento do mercado que se regista desde 2013.