09H30 - SESSÃO DE ABERTURA
Nos últimos anos, ambiciosas políticas e planos foram desenvolvidos pela União Europeia para promover a transição para uma economia circular caracterizada por uma utilização sustentável dos recursos, com foco nas empresas e nos consumidores.
Impõe-se acelerar a transição para um modelo de sociedade que permita dissociar o crescimento económico da utilização intensiva de recursos.
Esta preocupação está refletida em importantes documentos da Comissão Europeia. Desde logo, no Pacto Ecológico Europeu, que estabeleceu a necessidade de criação de uma União Europeia equitativa e próspera apostada na criação de uma economia sustentável, eficiente na utilização dos recursos e competitiva. E muitos outros documentos surgiram no mesmo sentido.
Em Portugal muito está por fazer em matéria de reciclagem e valorização dos resíduos.
Dos resíduos encaminhados para aterro em 2019, estima-se que 58,3% seriam recicláveis, com base na sua caracterização física, e sabemos que, com vista a promover a transição para uma economia circular com elevado nível de eficiência dos recursos, temos de garantir até 2025 um aumento mínimo para 55%, em peso, da preparação para a reutilização e da reciclagem de resíduos urbanos. Nos resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos, por exemplo, Portugal está muito longe das metas comunitárias.
A Conferência RECICLAGEM&VALORIZAÇÃO pretende aprofundar as questões que preocupam o sector da reciclagem, os desafios que estão identificados, bem como debater soluções para problemas por resolver. Importa ouvir todos aqueles que têm um contributo inestimável na construção da economia circular: operadores e recicladores, entidades gestoras, sistemas de gestão de resíduos urbanos e municípios.
Hugo Pires - Secretário de Estado do Ambiente
10H00 - PAINEL I - OS DESAFIOS E AS NECESSIDADES DA INDÚSTRIA RECICLADORA
Com o aumento expectável de recolha de diferentes materiais é necessário equacionar a capacidade industrial do país em matéria de valorização de materiais.
Que condições são necessárias garantir para que a Indústria recicladora consiga dar uma resposta au aumento expectável de materiais?
Pontos-chave
- O nosso parque industrial está ajustado à quantidade de materiais a valorizar?
- Como assegurar o financiamento dos investimentos intensivos necessários
- Os mecanismos e as condições de mercado em falta
Ricardo Diogo – Administrador da AMBIGROUP
ESPAÇO PARA PERGUNTAS-RESPOSTAS - Moderação: António Lorena, Managing Partner 3drivers
COFFEE BREAK
10H50 - PAINEL II - METAS COMUNITÁRIAS DA RECICLAGEM - A VISÃO DA INDÚSTRIA RECICLADORA
Sendo a indústria de reciclagem um ator fundamental para o alcance das metas ambientais, é fundamental ter em conta a perspetiva deste sector sobre as metas ambientais e a forma de as alcançarmos
Face às metas ambientais, é necessário debater soluções para incrementar a reciclagem, melhorar a quantidade e a qualidade dos materiais e incrementar a recolha dos materiais a valorizar. Impõe-se ouvir a opinião da indústria recicladora.
Pontos-chave
- A visão da indústria recicladora sobre as metas ambientais
- O papel do Estado
Rui Silva – CPO (Chief Product Manager) na Evertis
- Como devem ser alinhados os diferentes incentivos económicos de modo a promover a reciclagem (VPF, TGR, VC, VR, VI)?
Rui Berkemeier – Técnico de Resíduos da ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável
- Como pode a comunicação ser colocada ao serviço da reciclagem?
José Manuel Palma – Professor de Psicologia Ambiental na Universidade de Lisboa
- Qual a importância da fixação de metas mínimas de incorporação de material reciclado?
- Soluções inovadoras para aumentar a reciclagem. Um sistema de depósito e retorno ao serviço da reciclagem?
Miguel Aranda da Silva – Diretor-geral SDR Portugal
ESPAÇO PARA PERGUNTAS-RESPOSTAS - Moderação: António Lorena, Managing Partner 3drivers
11H55 - PAINEL III - ENTIDADES GESTORAS E MUNICÍPIOS. COMO PROMOVER PARCERIAS COM A INDÚSTRIA DA RECICLAGEM?
DEBATE
A articulação e a cooperação entre os sistemas integrados de gestão de resíduos e os operadores de resíduos são decisivas para alcançar as metas de reutilização, reciclagem e valorização a que Portugal está vinculado por força da legislação europeia.
Pontos-chave
- Como promover parcerias entre as entidades gestoras e os recicladores?
- Fará sentido estender a atividade operacional das Entidades Gestoras? Em que condições?
Igualmente a articulação e a cooperação entre os municípios e a indústria recicladora são decisivas para alcançar as metas de reutilização, reciclagem e valorização a que Portugal está vinculado por força da legislação europeia.
Pontos-chave
- Que papel podem desempenhar os municípios no incremento da reciclagem?
- Como promover a recolha seletiva de materiais não embalagem?
Ana Trigo Morais – CEO da Sociedade Ponto Verde
António Lorena – Managing Partner 3drivers
José Eduardo Martins – Sócio Abreu Advogados
Luís Assunção – Vice-Presidente da Porto Ambiente
Carlos Raimundo – Assessor da Direção da Associação das Empresas Portuguesas para o Setor do Ambiente (AEPSA)
DEBATE – Moderação: João Pedro Rodrigues, CEO GIBB Portugal
ALMOÇO
14H30 - PAINEL IV - RECICLAGEM: OBSTÁCULOS E OPORTUNIDADES
O processo de reciclagem tem diversas implicações técnicas e económicas cuja otimização é fundamental para se atingirem elevados desempenhos. Neste painel, procurar-se-ão identificar as oportunidades de melhoria tecnológica que possam facilitar o trabalho dos recicladores, tais como o design para a reciclagem, entre outros.
Também serão elencadas e discutidas várias das restrições legais e administrativas que têm vindo a limitar a atividade da reciclagem.
Obstáculos
Pontos-chave
- Acreditação de operadores
- Rejeitados da indústria da reciclagem
Luís Realista – Membro do Conselho de Administração da AVE – Gestão Ambiental e Valorização Energética SA
- Um problema chamado CAE da indústria recicladora
- Gerir a incerteza: contratos
Ricardo Vidal – Coordenador do grupo de trabalho de REEE da Associação das Empresas Portuguesas para o Setor do Ambiente (AEPSA)
- Ecodesign nas embalagens
Olga Sousa Carneiro - Professora do Departamento de Engenharia de Polímeros, Universidade do Minho
ESPAÇO PARA PERGUNTAS-RESPOSTAS - Moderação: João Pedro Rodrigues, CEO GIBB Portugal
Oportunidades Pontos-chave
- O papel das marcas e fabricantes, importadores e distribuidores que colocam produtos no mercado na reutilização e reciclagem
Graça Borges - Diretora de Comunicação, Relações Institucionais e Sustentabilidade do Super Bock Group
Susana Fonseca – Socióloga, Vogal da Direção da ZERO
- O cumprimento da licença dos operadores de gestão de resíduos
- Fiscalização dos operadores informais
Carla Santos - Presidente da APOGER
- O papel dos Sistemas de Gestão de Resíduos Urbanos na reutilização e reciclagem
José Coelho – Administrador-Delegado da Suldouro
ESPAÇO PARA PERGUNTAS-RESPOSTAS - Moderação: João Pedro Rodrigues, CEO GIBB Portugal
COFFEE BREAK
17H00 - PAINEL V - INOVAÇÃO NOS EQUIPAMENTOS
A indústria da reciclagem necessita de uma permanente atualização dos seus métodos e das tecnologias utilizadas de forma a garantir uma melhoria contínua e competitividade num mercado muito exigente. Com o objetivo de contribuir para esse desígnio, é objetivo deste painel identificar e dar a conhecer novas tecnologias existentes nos diversos setores desta indústria e permitir um intercâmbio entre os agentes envolvidos.
Ponto-chave
- Novas tecnologias para a reciclagem
Carlos Santos – Gerente da GRUMAN
ESPAÇO PARA PERGUNTAS-RESPOSTAS - Moderação: João Pedro Rodrigues, CEO GIBB Portugal
Pode ainda consultar: Programa Conferência Reciclagem&Valorização
NOTA: O programa publicado poderá sofrer alterações.