
Diversidade na gestão da água na baixa não deixa espaço para agregações em terras do Cávado
Em terras do Cávado a diversidade de soluções existentes no abastecimento de água e saneamento de águas residuais em baixa dos seis municípios (Esposende, Barcelos, Braga, Vila Verde, Amares e Terras de Bouro) não dá hipóteses a uma gestão municipal conjunta, como está a ser levada a cabo por outros municípios no país por incentivo deste Governo.
De acordo com o secretário-executivo da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Cávado, Luís Macedo, “só se houver condições especiais é que os municípios poderão pensar em agregações, para já não”.
O município de Braga, um dos mais representativos da CIM, é da responsabilidade da Agere (parceria público-privada), e apostou cedo numa estratégia ambiental, o que lhe valeu a resolução dos problemas de água e saneamento.
O caso de Barcelos é mais complicado uma vez que a autarquia está a tentar reaver a a concessão à Águas de Barcelos, como o Ambiente Online noticiou.
Os municípios de Esposende, Terras de Bouro, Amares e Vila Verde mantêm as negociações, anteriormente iniciadas, com o grupo Águas de Portugal. “Estes municípios são muito pequenos, precisam de escala. Por outro lado, têm vários problemas de água e saneamento”, avança Luís Macedo, explicando que a CIM Cávado foi prejudicada no último programa quadro de apoio.
“Os critérios mudaram a meio do programa quadro e não conseguimos abrir concursos para estas áreas, o que, além de nos prejudicar no que respeita ao ciclo urbano da água, fez com que perdéssemos sete milhões de euros de investimento”, observa o responsável da CIM Cávado. Por isso os municípios com mais problemas ponderam soluções em articulação com o grupo AdP.
Lúcia Duarte